O "Eu te amo" - Capítulo 1

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Capítulo 2


Havia se passado semanas desde aquele memorável dia e como eu havia pedido, tínhamos voltado a trocar mensagens por cartazes, a nos reunir na varanda, a jogar hora ou outra banco imobiliário e principalmente, a trocar sorrisos e olhares cheios de cumplicidade.
Quanto ao pedido de Scott, bem, eu ainda não era capaz de respondê-lo. Eu desejava estar em seus braços, em sentir o suave toque de seus lábios, permitir que minha chama interior tomasse posse de mim; só não sabia como fazê-lo.
Eu tinha receio de não saber o que fazer, afinal de contas eu era virgem, uma mulher desprovida de experiência. E deixar a desejar neste sentido, me apavorava. E se ele enjoasse de mim, se eu não correspondesse a suas expectativas?
O que seria de mim?
Por mais que me doesse admitir, eu não era nada se comparado com Susan ou muitas das garotas que se atiram nele. Suan tinham um belo corpo, digno de ser esculpido, sua arrogância se equiparava a beleza.
Quanto a nossa discussão, era evidente que Susan não estava feliz com a situação. Scott não conversa mais com ela, a ignora por completo. Se precisava se dirigir a ela, tratava apenas do essencial. Susan me observava com tanto ódio, que mesmo estando de costas para ela, quando cravava os olhos em mim um calafrio percorria minha espinha.
As coisas com Scott andavam bem, conversávamos bastante no período da noite. Apesar de nessas horas estarmos sozinhos, o espaço entre as varandas nos separavam, isso me dava certa segurança. Eu evitava ficar sozinha com ele no mesmo cômodo.
Na escola evitávamos conversar muito, as pessoas não faziam ideia de que eramos velhos amigos, e eu gostava que tivéssemos um segredo nosso. Então fazíamos o possível para manter as coisas assim.
Por que Susan não tinha espalhado o que havia acontecido para todos eu não sabia, e sinceramente, esperava não saber. Eu supunha que tivesse vergonha de admitir derrota para uma garota mediana como eu.
Já era noite, e eu fazia minha lição de casa no quarto quando a luz da outra varanda acendeu e Scott apareceu do lado de fora de seu quarto.
– Está fazendo a lição de Geografia?
– Sim, tenho sérios problemas com essa matéria.
Encostamos no para-peito e ficamos ali conversando, olhando um para o outro.
Scott era um homem robusto, tinha 1,86 de altura e um corpo malhado. Adorava atividades físicas e nunca estava parado
– Devo dizer que também não é das minhas preferidas – Correu os dedos pelo cabelo.
– Scott, onde estão seus pais? Andei pensando e me dei conta de que não os vejo a algum tempo. Eles estão viajando?
– Algo do tipo – Sorriu – Minha mãe conseguiu uma bolsa para seu doutourado em París, como era seu sonhor ela não exitou em se mudar para lá. Meu pai não aguentaria ficar longe dela, então concordor em ir também.
– E como você tem conseguido se virar sozinho? Você ainda não tem dezoito anos, precisa deles para fazer certas coisas.
– Eu fui emancipado. Não dependo mais deles para nada.
– Entendo…
Scott normalmente era um homem muito sensato, mas tendo Amberly tão próxima de si aguçava-lhe os sentidos. Seu corpo queimava quase febril, na esperança de um toque. Sua vizinha a semanas vinha lhe roubando o sono.
– Sabe Amber, tenho tido problemas para dormir.
– Insônia talvez? – Maneei a cabeça.
– Não, acredito que o problema seja mais sério. Também tenho me sentido sozinho ultimamente. Alguém disse que viria em casa mais vezes, mas nem se atreve a pisar aqui – Brincou.
Devolvi o sorriso e corei.
– Tem medo que eu te devore? – Sussurou.
Seus lábios formaram um linha curva, a malícia estava explicita na sua cara.
Meu coração começa a palpitar desenfreadamente com a provocação. Scott passou a perna por cima do para-peito e pulou para minha varanda, elas eram muito próximas.
– D- Devorar?
– Sim. Teme que eu a beije? – Acaricio-me os lábios – São tentadores.
Eu estava perdida entre os movimentos sensuais de seus lábios e seu largo peitoral inflando-se com ar. Scott usava uma regata branca e uma calça de moleton preto. Seus cabelos que pendiam soltos até abaixo da orelha tinham as pontas ainda molhadas. Eu adora o castanho de seus cabelos.
– Amber, feche os olhos.
– Ãh? Fech…
– Shii – Interrompeu. – Feche os olhos.
Com receio o obedeci.
Scott aproximou-se mais, ficando a um fio de beija-la. Enlaçou-a pela cintura puxando-a contra sua abdome. Sutilmente deslizou os dedos pela gola de sua blusa até os botões, desabotoando dois deles, até que pudesse ver o que desejava, seu sutiã.
Amber era uma frágil e preciosa joia que ele manuseava com cuidado. Não tão apertado, nem tão solto, o suficiente para que sentisse sua quente respiração sobre a fina pele de seu pescoço.
– Rosa com renda e corações – Sorriu – Bem a sua cara.
Scott repousava a testa em meu ombro, permitindo-me apenas um vislumbre de seus lábios e largo ombro.
– Sco…
– Shii. Sinta Amber – Scott segurou uma de minhas mãos e levou até seu coração, que batia descompassado. Sua respiração era ofegante e suas mãos quentes. Uma neblina de excitação ofuscou minha visão – Vê por que não tenho conseguido dormir? É isso que você faz comigo – Scoot respirou e inspirou inalando o frescor da noite – Você ainda cheira a pitanga. Lembro-me da primeira vez que senti seu aroma. Estávamos na primeira série e brincávamos de pega-pega, era aniversário de um menino da nossa rua. Lembro de me esconder agachado atrás do sofá e logo em seguida você também veio se esconder ali, você se agachou na minha frente de costas para mim, e o vento que veio contra nós levou até eu o seu cheiro.
Na época você tinha cabelos curtos como agora e eu fiquei observando seu cabelo balançar com o vento. Acho que essa foi a primeira vez que minhas bochechas coraram e meu coração bateu mais forte por causa de uma menina.
Scott afastou-se de meu ombro e encarou-me, o brilho de seus olhos igualaram-se aos das estrelas daquela noite. Ele pareceu ponderar. Depositou uma de suas mãos em minha bochechas e com doçura cariciou meu rosto.



Em andamento…

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