O "Eu te amo" - Capítulo 1

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Capítulo 1




Eu pude sentir meus pelos eriçarem, apenas um toque, e meu mundo já havia desabado aos seus pés. O quão grande era sua influencia sobre mim? Até onde meu corpo iria em busca do calor de seu corpo?

Não havia duvidas quando a isso, ele representava um perigo para minha integridade física e mental. O melhor a fazer era mantê-lo afastado. Seria ele ou eu. Um de nós teria de desistir. Olhei de longe estudando-o atentamente, ele parecia feliz, contente por saber que surtia efeito sobre mim. Kishan olhou-me inesperadamente levando nossos olhos a encontrarem-se. Por um instante permanecemos assim, no silencio da noite, nos entreolhando. Nunca pude negar, seus olhos verdes como uma preciosa esmeralda hipnotizavam-me de tal forma que esquecia-me de todo o resto. Eram só eu e ele, presos por correntes que só nós podíamos ver. Éramos cúmplices um do outro e morreríamos assim.

Na calada da noite, eu sabia, receberia visita em minha tenda.

Já era madrugada, do fogo aceso em meio ao acampamento só restava as cinzas. Ao longo do caminho que estendia-se até mim, uma silhueta surgia em meio a escuridão. Eu não tinha dúvida, meu captor aproximava-se. Um homem alto, forte, com linhas masculinas esculpidas com maestria. Um beleza rara. Infortunadamente o autor de todo o meu sofrimento.

Kishan fora carinhoso em raras ocasiões desde que nossos destinos cruzaram-se. Era um homem cauteloso, de poucas palavras, alguém difícil de se compreender. Mas ao mesmo tempo intrigante, exótico e insaciável.

A paixão que aos poucos apossava-se de meu coração, era uma lâmina de dois gumes. Mesmo que um dia eu reconhecesse este sentimento por Kishan,que eu me desse por vencido, era evidente que seria unilateral. Esta certeza abalava-me de tal forma que eu já não sabia o que era o certo a fazer-se. Deveria entregar-me ao prazer de estar em seus braços ou aprisionar em meu interior esta verdade?

Sem tempo para mais devaneio Kishan adentrou o recinto. Sua figura forte se impôs no ambiente deixando claro o que o trouxera até ali.

Com sua postura ereta e queixo erguido não precisou de palavras para que soubesse o que desejava. Levantei-me tirando os pés que descansavam na agua quente da banheira e caminhei sem receio até ele. Eu não demonstraria qualquer sinal de medo. Era o que ele queria e eu não estava disposto dá-lo este gosto.

A sensação de ser observado por ele era constrangedora. Por mais que eu não desejasse demonstrar quaisquer que fossem meus sentimentos, eu sentia como se ele pudesse enxergar através de mim.

Meus olhos que admiravam sua figura onipotente, fizeram-me estremecer.

Hoje eu me tornaria seu, e não havia o que ser feito a respeito. A seriedade e luxuria em seus olhos deixaram claro isto. Então se seria assim, o faria sem demonstrar quaisquer sentimentos. Ainda que eu fosse para ele apenas um objeto sexual, eu possuía orgulho, honra e pretendia mantê-los. Mesmo sob condições adversas.

Com passos curtos, sem nunca deixar de olhá-lo nos olhos me aproximei. Seus olhos faiscavam em chamas, um misto de diversão e excitação. Enquanto eu lutava para permanecer de pé, diante de sua grandeza, ele se divertia as custas de minhas fraquezas.

Obstinado o despi da unica peça que o vestia, um roupão. Sua pele bronzeada pelo sol contrastava com o verde de seus olhos que transbordavam mistérios indecifrados.

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