O "Eu te amo" - Capítulo 1

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Capítulo 2




Ao ir para a cama naquela noite que superara minhas expectativas, rolei por toda a cama bolando planos maquiavélicos para irritar Derek e fazer com que Llilian apaixonasse-se por mim. Não ficaria satisfeito até que o sentimento de rejeição que ela causara em mim sumisse. Pensei em todas as coisas que você possa imaginar, desde planos malignos como fazer com que mulheres peitudas se esfregassem no Derek imóvel, enquanto assistia eu aproveitando-me da doce inocência de sua amada, até um simples passeio pelo quarteirão. Mas nada do que havia pensado foi de meu agrado, afinal, não fazia ideia do que ela gostava. Se ela fosse como as outras, bastaria comprar uma joia, mas pela forma como estava vestida ontem, não era esse o tipo de coisa que apreciava.
Estava claro, precisava reunir informações. Operação “Do que ela gosta?”, iniciada.
Eram seis horas da manhã, fora a primeira vez depois de dois anos que eu levantara tão cedo. Surpreendia-me as vezes com o quão persistente poderia ser. Levantei-me a mil, estava ansioso para ver a cara que fariam ao olharem o que eu pretendia fazer. Com apenas uma bermuda, sai do meu quarto que ficava em frente ao de Llili silenciosamente, era domingo e ultimo dia de férias, não queria que acordassem antes de estar tudo pronto. E assim, passaram-se três horas, o apartamento começava a ter sinal de vida, sonolentos caminharam em passos lentos pelo corredor transitando entre os quartos e banheiro, até que finalmente foram para o cômodo que me encontrava.
-O que é tudo isso?- Estavam surpresos, Dion que perguntara, assim como os outros não entendiam o por que daquilo. Dion olhou-me de cima a abaixo com um olhar desconfiado, sabia que não faria tanto por nada, tinha ciência disto. Foi até o armário e pegou o sucrilhos sentando-se numa das cadeiras do balcão que dividia os dois cômodos.
-Vamos, sentem-se- Incentivei-os puxando as cadeiras para acomodarem-se.
A mesa estava farta, havia preparado o melhor café da manhã que comeriam em toda sua vida. Cozinhar era uma das poucas coisas além de sexo em que eu realmente superava qualquer um, mas mantinha em segredo de muitos. Não era algo que eu gostasse de falar sobre, pois envolvia outras coisas que preferia não ter em mente.
Sobre a mesa havia pães variados, panquecas, doce de leite caseiro, queijo colonial, torradas, tortas, bolos, um típico café da manhã colonial.
-Você cozinha?- Indagou sentando-se, sua expressão mostrava a descrença naquilo.
-Pois é Lilian, ele é uma caixinha de surpresas não acha?- Acrescentou Dion, fazendo vista feia para mim. Eu nunca fui essa “caixinha de surpresas” para ele, ninguém conhecia-me tão bem como ele, justamente por isso, nossa “amizade” acabou por tomar rumos desagradeis. Apesar de ainda morarmos sobre o mesmo teto.
-Muito fofo não acha? Não é todo homem que sabe cozinhar.- Como pensado, ela estava reagindo da forma como havia previsto, estava na cara que tipo de homem ela gostava. Só temia que seu tipo, fosse exatamente como o Derek. Seria uma desvantagem para mim.
-Então Lilian,- Sentei-me ao seu lado com um dos cotovelos apoiado sobre a mesa olhando-a.- De que tipo de coisas você gosta?
-Do que eu gosto?
-Sim, por exemplo, que tipo de música ou do que gosta de fazer entendeu?
-Hum, gosto de animais, de passeios ao ar livre, de aventuras e claro, andar a cavalo. Coisas desse tipo.
-Hum, que inesperado Miya.- Encarou-me Dion.- Desde quando você se interesse pelos outros? Com todo respeito Llilian, mas, até onde eu sei, a única coisa em você que seria do interesse dele, é o que você tem no meio das pernas. E se levarmos em consideração o fato de você não ser sequer atraente, então nem isso talvez ele queira.
– Cala a boca Dion.- Repreendeu Eric.
– Cala a boca não. Ela tem que saber, quer que ela se magoe por causa dele? Mais uma?- Eric não retrucou, Dion o deixara sem fala, ele estava certo, seria mais uma desiludida.- Não se deixe enganar por essa carinha de moleque dele Llilian, quando você menos esperar, ele ira te apunhalar pelas costas. É só isso que ele sabe fazer. Ou talvez ele te m…- interrompi brutalmente.
-Cala a boca Dion!- Soquei a mesa, Lili estava deslocada, não fazia ideia do que estávamos falando, mas pela cara dela, estava chocada.
-Como se sente ein? Sabendo que você matou ela logo depois de ela ter feito aquilo com você.
-Fica na sua Dion, vou deixa ele bater em você se continuar!
-Faço isso por você.- Fui com tudo para cima do Dion, estava a anos querendo bater nele. Fechei a mão com toda a força que tinha, estava pronto para descarregar-me de todo aquele ódio que sentia, mas Eric interviu, colocando-se na frente de Dion.- Sai da frente Eric.
-Qual é Miya, deixa essa passar.
-Faz ideia de como me sinto, toda vez que ele acha conveniente jogar isso na minha cara? Estou cansado de aturar ele me incriminando!
-Por favor Miya, por mim cara.- Eu devia muitas favores para ele, era um amigo do peito, ajudava-me sempre que podia sem hesitação alguma. Para mim Eric era o pai que eu nunca tive, ele tinha trinte e dois anos e era alguém muito atencioso.
-Tudo bem, vou ignorar isso, por você.-Apontei para ele.- Mas deixe claro para sua namoradinha, que se voltar a falar sobre isso, eu vou acabar com ele.
-Vou falar com ele, obrigado Miya.
-Okay, estou de saída.- Virei-me e fiquei de frente para Lilian, estava completamente perdida em meio a discussão, senti-me culpado por isso.-Lili, você esta livre de tarde?
-Huh!? Depois do meio dia sim. Por que?
-Perfeito, lá pelas duas horas eu passo aqui para te buscar.- Eu não tinha duvidas de que aquela discussão havia passado uma má impressão minha para ela, tinha que reparar meus erros. Aproximei-me dela, e com gestos gentis, abracei-a pressionando-a sua cabeça contra meu peito, eu estava sem camisa, o que serviu para seu rosto avermelhar-se. Tela em meus braços serviu para acalmar-me, era como se tela ali, purificasse-me.- Desculpa por isso.- Sussurrei em seu ouvido. Lilian ficava cada vez mais sem jeito, era fofo ver suas reações.-E não ligue para ele, há muita coisa em você que me interessa.
-T-Tudo bem, vocês devem ter seus motivos.- Ela parecia uma pimentinha, não pude evitar, e inclinei seu rosto para mim e beijei sua testa, há tempos não demonstrava tanto carinho por alguém. Pude perceber o olhar de inveja do Dion nos fitando, devia estar corroendo-se por dentro.
-Bom, vou ir trocar de roupa.- Caminhei para o quarto deixando os três na cozinha, logo em seguida Lili também retirou-se, via que eles tinham muito o que conversar, e ela estava os impedindo.
-O que foi isso Dion?- Eric estava inconformado, ficara triste pela atitude de seu namorado, sentia que por mais que tentasse, seu relacionamento com Dion não progredia.- Por que falou isso?- Balançava a cabeça gesticulando as mãos, mostrando que não havia gostado da reação do menor.- Responda Dion, eu quero uma resposta. Por que fez isso?
O homem de estrutura mediana e cabelos negros, sentado a sua frente, nada dizia. Apenas olhava para o lado, ele tinha a resposta, Eric também sabia qual era, mas Dion negava-se falar, amava o homem que o estava questionando, o homem que todos as noites e manhãs, o preenchia de carinho e amor. Tinha consideração demais por ele, para quebrar seu coração mais do que fazia ao longo dos dias, enquanto completavam-se com seus corpos, estando o outro ciente de que, a maior parte de sua coração, não o pertencia.
-O que eu sou para você Dion?- Sua voz que perguntava com afinco, enfraquecera, assim como a certeza de que um dia, seria o único para ele.- Ein Dion? Me diz, eu preciso saber. O que eu sou para você?- Ainda em pé, encostou sua testa na do menor, com suas mãos na face dele e sussurrou.- Isso esta me matando por dentro Dion.- Com todo aquela angustia, deixou que lágrimas escorressem caindo sobre as bochechas do outro.- Só quero que nosso amor seja recíproco, só isso. Já que não é o caso, acho melhor darmos um tempo.- Os olhos do menor arregalaram-se, vinha se esquivando do assunto desde que percebera que seu namorado aos poucos ia desistindo dele.
Eric afastou-se um pouco e deu as costa para o outro, que puxou-o pela mangá. Olhou para trás e via no olhar de Dion, que implorava para ele não fazer aquilo, se era difícil esquecer o passado tendo-o ao seu lado, o quão difícil seria sem ele? Partia o coração do loiro ver que teria de deixar o moreno sozinho, desamparado, sem saber como vencer aquele obstáculo. Sabia que Dion precisava de uma base sólida, e que era ele quem “interpretava” esse papel. Olhou sério para o menor, e ditou:
-Quando você achar que esta pronto para resolver isso, então me procure para conversarmos. Vou ficar na casa de um amigo até lá.- Em passos firmes, retirou-se do local, deixando para trás o incio de uma nova tormenta, que para Dion estava por vir.

***

Eu havia ficado irritado após sair do apartamento, tinha caído a ficha de que todo o meu esforço para surpreender Lilian com o café da manhã havia sido em vão, tudo por que uma determinada pessoa não sabia onde era seu devido lugar. Compreendia perfeitamente como Dion se sentia com relação a morte daquela pessoa, mas ele não era o único que sentia-se assim, nem por isso eu esfregava na cara dele que ele tinha culpa naquilo. E ele tinha, se não tivesse interferido, aquilo talvez não tivesse acontecido.
O conheci quando estávamos na sexta série, pouco depois de mudar-me para a casa ao lado, éramos inseparáveis, independente de onde estivéssemos estávamos sempre juntos. Morávamos num bairro de classe alta, era tranquila a rua, não se via crianças brincando nela, já que todas aquelas famílias que moravam ali faziam de tudo para manter as aparências. Inicialmente a família de Dion não pertencia a essa classe da sociedade, eram pessoas simples; ainda hoje são apesar de agora terem dinheiro. Justamente por isso, diferente dos outros eles não se preocupavam com coisas banais como essas.
Como sempre procurei fugir das regras as quais eram impostas sobre mim, unicamente por ser filho do meu pai, um homem de sabedoria cobiçada por muitos, Dion e eu nos entendemos desde o primeiro momento. Olhamos um nos olhos do outro, e soubemos naquele exato momento, seríamos grandes amigos. E assim foi, até o terceiro ano, quando aquela pessoa entrou nas nossas vidas. Desde então, as coisas começaram a entrar em colapso, Dion assumiu ser homossexual, o que foi um choque para sua família, mas aos poucos passaram a respeitar sua opção sexual. Depois declarou-se para mim, que também abalou-me de certa forma, realmente não esperava por aquilo. Mas indiferente disso, conforme mais aquela pessoa fazia parte do nosso dia a dia, mais nós percebíamos que estávamos nos distanciando, até que Dion resolveu nos excluiu totalmente de sua vida. Um mês depois, o incidente que determinaria que tipo de relacionamento teríamos a partir dali aconteceu, aquela pessoa; já não existia mais. Agora, assim como antes, relembrar essas coisas faz-me sentir um aperto no coração, como se faltasse parte de mim, e sem que eu perceba, meus olhos já estão prontos para banharem-se em lágrimas. É triste saber, que por mais que queira, não vera novamente aquela pessoa que para você, era um bem precioso.
Pude notar que com muito sacrifício minhas lágrimas não escorriam, depois de ter saído do apartamento, sentei em um canto qualquer do edifício e passei a pensar no que ocorrera ao longo da minha vida, minha mente preencheu-se de lembranças tristes, e agora encontrava-me num estado deplorável. Ao longo do corredor de um dos andares onde estava, uma voz surgia.
-O que faz sentado ai?- Estranhou-me Derek. Com uma das mãos na cintura olhava-me esperando por uma resposta.
-Nada demais, só pensando um pouco na vida.
-Sério? Não sabia que você pensava.- Aquela era uma péssima hora para brincadeiras, eu não estava muito animado.
-Derek, na boa, não estou com paciência para gracinha.- Suspirei fundo e esfreguei os olhos para tirar qualquer resto de lágrima que poderia ainda existir.
-Estou vendo, não preciso ser muito esperto para notar que você não esta no seu melhor dia.- Apesar de ele ser uma boa pessoa, tinha quase certeza de que aproveitaria essa oportunidade única para me zoar. Eram pouquíssimas as chances de alguém ver-me naquele estado. Para evitar isso, decide sair dali e comecei a levantar-me.
-Onde pensa que vai?- Antes que pudesse virar a cabeça em direção a ele, puxou-me novamente para o chão, sentando-se ao meu lado. Olhei-o não compreendendo, não esperava por aquela reação, o que o deixou sem jeito fazendo com que um silencio pairasse sobre nós por alguns minutos. Depois juntou forças e quebrou o silencio.-Então, esta tudo bem com você?- Arqueei uma de minhas sobrancelhas instantaneamente ao ouvi-lo perguntando isto. Era só impressão minha, ou ele poderia estar preocupado comigo? Analisei-o minuciosamente, podia ver que estava, do seu jeito desajeitado, mas estava. E eu apreciei isto, senti-me feliz por saber que alguém importava-se comigo mesmo que talvez por conta do acaso. Não demonstrei para ele, afinal de contas não havia esquecido que nosso “relacionamento” não era dos melhores, mas devo admitir, um calor aconchegante e gentil, tomou conta do meu coração. Não pretendia dizer-lhe tudo, mas resolvi cooperar um pouco com seu interrogatório, não faria mal algum, e sabia que ele ficaria feliz por ter ajudado alguém.
-Aconteceram algumas coisas lá em casa, e acabei ficando um pouco para baixo depois de lembrar de outras coisas relacionadas ao que aconteceu. Só isso, nada demais.
-Entendo.- Abraçou suas pernas demonstrando receio, mas continuou.- Por acaso, isso tem algo haver com a Lilian?
– Lili?- Indaguei. Ele estava sério ao perguntar, foi a primeira vez que vi tal expressão vindo dele, sempre que o via estava sorrindo. Justamente por isso, tive certeza, ele estava sendo cauteloso comigo. Isso significava então que considerava-me um rival a altura?- Se eu disser que sim, o que fara?- Espreitei meu olhar, eu estava curioso para saber que tipo de atitude teria. Poderia ele mudar seu comportamento habitual por causa dela?
Foi fácil notar que a forma como eu dissera havia o incomodado. Não demorou muito para que questionasse-me.
-O que você fez?- Ele ficava cada mais sério, eu poderia até dizer que nem parecia a mesma pessoa que mostrara-se preocupado comigo.
-Quer saber?- Disse num tom provocante.- Tem certeza de que quer saber?- Cada reação nova que via dele divertia-me cada vez mais. Como se estivesse devorando um livro que achara super interessante, queria ver mais. Diante do meu olhar o vi engolir a seco sem saber se perguntava mais ou se ignorava-me. Não deixaria aquela oportunidade de zoa-lo passar, antes que decidisse-se entre perguntar ou não, aproximei minha boca ao seu ouvido, e provocante passei a falar.- A boca dela é deliciosa sabia? E nem foi difícil de experimentar. Bastou pressiona-la contra a parede para deixa-la desnorteada. Ela não é grande coisa, mas deve ser o suficiente para me distrair por uns minutos na cama. O que acha? Deve ser muito gostoso ouvi-la gemendo em baixo de mim.- Aproximei-me mais um pouco, e vagarosamente, saboreei sua orelha.
Não podia ver qual era sua expressão ao ter sua orelha mordida por um homem, mas em momento algum tentou tirar-me de perto. Entendi por isso que não havia desconforto por parte dele, e que poderia continuar. Retirei minha mão direita do chão e a depositei sobre sua cintura, ainda estávamos sentados, ele estava com as pernas abertas. Assim como uma mulher querendo provocar seu namoradinho, desci minha mão até o meio de suas pernas apalpando seu pênis por cima da roupa. Seu corpo assim como o rosto estavam esquentando. Comecei a distribuir beijos pelo seu pescoço enquanto simulava uma masturbação naquela região onde estava minha mão. Sua calça estava volumosa ali, ficando molhada devido o pré gozo.
-Miya, é melhor parar com isso.- Ele estava um pouco ofegante, o tom de sua voz era doce ao dizer aquilo.- Estamos no corredor, alguém pode ver.- Feito e dito, ouvimos vozes vindo da escadaria. Preocupava-me também ser visto fazendo esse tipo de coisa com um homem.
-Você tem uma cópia de cada chave certo?- Ele estava muito fofo com a calça um pouco molhada e corado.
-Tenho por que?
-Vem comigo.- Puxei-o pela mão, com uma delas dadas levei-o até a porta de um apartamento do andar.- Abre ela.
-Hã? Abrir ela? Não posso fazer isso, não tenho as chaves para fica entrando no apartamento dos outros sempre que achar conveniente.
-Você quer que te vejam comigo estando no estado que esta?- Sabia que eu tinha razão, não seria nada agradável se alguém visse-nos excitados como estávamos juntos.
-Okay, eu abro, mas só vamos ficar ali até eles passarem. Depois agente sai e cada um vai pro seu canto. Não vamos fazer nada ali entendeu?- Encarei-o um pouco, e respondi:
-Não posso garantir isso.- O que diabos eu estava fazendo? Aquilo não era normal para mim, eu estava excitado por causa de um homem! E o pior de tudo, eu não queria parar. Minha curiosidade estava indo longe demais. Entendia agora o por que das mulheres o provocarem.
Ele não retrucou com relação a minha resposta, apesar de notar que ele não havia gostado. Abriu a porta a entramos. Logo que a fechou o cerquei ali mesmo para que não fugisse, não tinha dado aquilo como terminado.
-Então, podemos continuar?- Disse corado. Voltei a beijar seu pescoço descendo enquanto levantava sua camisa. Desci com a boca até sua clavícula, onde separei-me de seu corpo e passei a cobiça-lo com olhos ainda mais. Seu corpo não tinha linhas definas como o meu, mas era bonito, tinha a pela clara com os mamilos levemente rosados. Era excitante de se ver. Imaginei se seria esse tipo de sexo que teria com Dion se tivéssemos começado a namorar naquela época. Por que fazia isto com Derek sem importância alguma, enquanto com Dion não?
Deixei os pensamentos de lado por um momento e com vontade, abocanhei seus mamilos.
-Ah…Não faz isso Miya!- Derek gemeu estremecendo-se ao sentir meus lábios e língua apossarem-se de seu mamilo. Sua voz estava sensual.
Olhei para o lado tentando esconder minha vergonha, estava prestes a gozar apenas por ouvi-lo gemendo. Isso era o cumulo para mim.
-Acho melhor pararmos.- Não queria ver-me mudando de partido. Seria mais seguro pararmos.
-Quem bom que concorda. Por que eu não sou gay Miya! Muito menos uma vadia como essas que você costuma se engraçar.- Apesar de sem jeito, e a beira do delírio por simples gestos; ele estava muito bravo.
-Hum, desculpa, eu passei um pouco da conta.
-Tudo bem, vamos fingir que nada disso aconteceu okay? Não é algo para se orgulhar ser pego de jeito por um homem.- Sorri ao ouvir ele dizer isto, ele até era legal.
-A chave não quer entrar amor.- Disse a voz do outro lado da porta.
Entramos em pânico, pior que sermos pegos no corredor era sermos pegos no apartamento de alguém sem permissão.
-O que agente faz agora?- Sussurrou Derek.
-Tenho cara de quem sabe? Tira a chave e se enfia em qualquer canto até dar para sair.- Como isso era possível? As pessoas que vinham pela escadaria morarem justamente no aparamento que tínhamos entrado. Chegava a ser cômico.
Antes que entrassem, nos escondemos no lugar mais obviou; de baixo da cama. Era uma e meia da tarde, quase a hora que havia marcado com Lilian.
Depois de duas horas embaixo daquela cama, começamos a entrar em “desespero”. Os moradores daquele apartamento não tinham mais nada para fazer!? Sabe, existe algo chamado vida social. Estava começando a achar que eles não tinham isso. Passaram-se mais duas horas, três horas, quatro horas, até serem duas da madrugada. Finalmente haviam dormido. Acordei Derek que também adormecera e saímos. Sendo logo em seguida surpreendido por um soco no braço.
-Ai! Por que me bateu?
-Isso foi por ter abusado da Lilian.
-Hahahaha.- Estava rindo que me acabava, tentei abafar minha risada com as mãos, o que surtiu efeito.
-Por que esta rindo?
-Eu estava só brincando, não fiz nada daquilo com ela. Eu tentei uma vez, mas não deu muito certo.- Olhou-me inconformado, tinha ficado irritado por nada.
-Não acredito nisso, fui enganado.
– A culpa é sua por ter acreditado.
-Some da minha frente Miya, agora você me deixou de mal humor.- Esfregou os olhos e despediu-se.- Vou indo, e não se esqueça, o que aconteceu morre aqui.
– Fica tranquilo, você não faz meu tipo.- Não faz meu tipo? Depois daquilo já não sabia mais qual era meu tipo. Por que não acrescenta-lo no cardápio?
-Bom, até amanhã.- Fomos juntos até a escadaria e de lá cada um seguiu para um lado.
Chegando em casa deparei com uma criatura inesperada dormindo no o sofá, era Lilian. Dentre as coisas que passaram-se pela minha cabeça, pensei que pudesse estar me esperando, alias, havia dito que a buscaria duas horas da tarde e não tinha feito isso.
Parecia dormir tranquilamente, não queria acorda-la então peguei-a no colo cuidadosamente e a levei até sua cama, senti-me como um pai levando sua criança pro quarto depois de ter adormecido assistindo TV.
Como havia dito anteriormente, era bom tê-la em meus braços, me tranquilizava. Mas ao mesmo tempo eu temia, pois sabia, que se um dia eu desenvolvesse sentimentos profundos por ela ou qualquer outra pessoa, correria o risco de sentir a mesmo dor de anos atrás, e eu não queria. Mais uma doze daquela dor, e eu sucumbiria.
Ajeitei-a colocando o travesseiro e cobertor, e retirei-me do quarto indo para o meu após escovar os dentes. Depois de um dia agitado, tudo que queria era descansar.

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